Shirley e o Miura

                O ano era 1973 na pequena cidade de Pedra Bela no interior de São Paulo. Embora a cidade fosse pequena o agito na pracinha principal era grande. Do mais pobre ao mais rico, todos os povos de Pedra Bela se uniam na pracinha após o expediente. Pode-se dizer que ali era o point da cidade, morô? (“morô” é tipo “saca”, entende?)

                Shirley, mais conhecida como Shirli, pois ninguém se preocupava em pronunciar o “e” de seu nome, não era diferente e após fechar a lojinha do Seu Darci também ia para a pracinha para azarar. (“azarar” é tipo dar mole pra algum broto, mora?) A questão é que Shirli (ey) não ia para azarar os rapazes da cidade, mas sim os brotinhos. E claro que a fama dos largos sapatos de Shirli (ey) era grande, também era impossível não notar uma mulher com seus 30 anos, solteira “nessa idade” (como dizia sua mãe), com um cabelo a la Sidney Magal, calaças boca de sino, óculos garrafais e sempre com um palitinho de madeira nos lábios.

                Embora as suspeitas em relação à Shirli (ey) fossem comentadas por toda a cidade, ninguém nunca tivera coragem de confrontá-la, pois o que diziam era “aquela ali é baixinha, mas é brava”. E era verdade, ninguém se metia a besta com ela, mas isso também trazia muita solidão, pois ninguém se aproximava da pobre moça, além de sua fiel amiga da loja, Alda.

                Diferente de Shirli (ey), Alda era uma moça de grandes atrativos para os rapazes da cidade, quando ia à pracinha sempre virava dois ou três pescoços em sua direção e deixava alguns queixos suspensos no ar, fossem de moças com inveja de sua beleza ou dos garanhões que gostariam de uma aproximação mais “caliente” com a moça, se é que me entende.

                De qualquer forma, Alda era a única em toda a cidade que sabia do segredo de Shirli (ey), mas prometeu pra amiga que guardaria o segredo abaixo de sete chaves.

                Ocasionalmente algumas festas movimentavam a cidade de Pedra Bela, principalmente as que tomavam lugar nas belas cachoeiras da cidade, afinal, elas eram um dos maiores atrativos da cidade para turistas e até mesmo para quem lá vivia.

                Já corria na boca miúda que a próxima festa ia ser de abafar, pois o filho da Dona Emengarda, o Fabinho, fazia um cover do Wilson Simonal como ninguém. E precisava mais do quê? Música boa, cachoeira, brotos e pães com roupas de banho e umas birinaites. (“birinaite” é tipo “mé”)

                Faltava uma semana para tal da festa e não se falava sobre outra coisa, os mais quadrados reprovavam veementemente o festejo, enquanto a patota mais jovem estava em polvorosa. Por conta da performance de Fabinho como Simonal, foi dito até que algumas pessoas da cidade grande iriam comparecer no randevu.

                Shirli (ey) estava na caixa registradora da loja do seu Darci, enquanto Alda atendia uma cliente que cismou que estava sendo passada pra trás com o preço de um batom, pois disse que havia visto na loja da Dona Clara por um valor abaixo do que seria cobrada ali. Calmamente Alda sugeriu que a cliente fosse comprar na loja da Dona Clara, pois ela sabia que Dona Clara nem batom vendia. Bem contrariada a cliente aceitou que teria que pagar aquele valor e foi em direção ao caixa. Ao dar de cara com Shirli (ey) tomou um susto e entregou rapidamente a mercadoria e o dinheiro enquanto tapava a boca da filha que já começava a dizer: “Mãe, essa é a sapa...”.

                Shirli (ey) apenas olhou por cima dos óculos, deu uma mastigada calmamente em seu palitinho e se debruçou pelo balcão e abriu um largo sorriso para a garotinha enquanto entregava o troco para a mãe. Como se Shili (ey) fosse contagiosa, a mulher pegou o troco na ponta dos dedos e saiu da loja arrastando a filha que saiu da loja virando a cabeça para continuar olhando aquela figura que a intrigava.

                Alda então foi se juntar à amiga pra levar um lero.

               - Shirli, e a festa, hein? Você vai? – perguntou Alda enquanto mascava audivelmente um chiclete e fazia grandes bolas com a goma de mascar.

               - Não sei, não. Ainda estou pensando cá com meus botões. Você viu o que acabou de acontecer aqui, não quero ir numa festa pra ser a Monga.

               - Aaai, Shirli. Não fala assim. E daí o que os outros dizem? Escuta... Tenho uma amiga da Capital que disse que vem pra festa e junto vem uma outra amiga dela que é doida pelo Simonal, não perderia por nada um show, mesmo que cover.

               - Viu, Alda? Você já vai ter companhia pra festa, acho que vou mesmo ficar em casa com o Justino.

               - Shirli Maria dos Anjos, nem pensar que você vai ficar em casa com seu gato! Você vem pra festa com a gente e está decidido!

               Shirli (ey) pegou o palito da boca e deu um sorriso amarelo para amiga, a esse ponto ela sabia que não teria como fugir da insistência de Alda.

               Alguns dias se passaram até que o dia da tão falada festa chegou. A cidade estava realmente lotada de turistas, o que era muito bom para o comércio local que se empenhava em vender lembrancinhas de “Alguém que esteve em Pedra Bela lembrou de você”, isso ia de bonés, camisetas a porta-retratos, uma cafonice, caso queira saber minha opinião. Mas vamos ao que interessa, pois não estou aqui para falar das lembrancinhas de mau gosto de Pedra Bela. E sim do fatídico acontecimento daquela noite na festa.

               Bem como Alda havia sinalizado, as amigas da Capital, ou melhor, “da cidade” vieram e chegaram um pouco mais cedo para pousar na casa de Alda e poderem se arrumar para abafar naquela noite.

               Enquanto isso, Shirli (ey) sem muito repertório de vestimentas decidiu que iria com sua tradicional camisa listrada com largas lapelas, uma calça boca de sino cor de carmim e um topete que fazia lembrar qualquer coisa como um moicano que ficou no melhor estilo “a vaca lambeu”. (“a vaca lambeu” é tipo um cabelo todo engomadinho)

               Alda ficou de passar com as amigas na casa de Shirli (ey) para que todas fossem juntas para a cachoeira e a hora já se aproximava. Enquanto esperava pela amiga Rita Lee cantava no rádio “Ovelha Negra”, música a qual Shirli (ey) se identificava muito. Estava totalmente absorta na letra e cantava junto o verso “Foi quando meu pai me disse filha, você é a ovelha negra da família, agora é hora de você assumir e sumir”, quando ouviu uma buzina de um carango. Só podia ser a Alda. Então desligou o rádio, deu uma última olhada no espelho e viu que estava esquecendo a cerejinha do seu bolo, seu habitual palitinho. Então o colocou na boca e saiu.

               Alda acenava animadamente com o corpo meio pra fora do carro, Shili (ey) não gostava muito de chamar a atenção, mas amava a amiga, então não pôde evitar em abrir um sorriso quando a viu. A motorista era Clarice, amiga de Alda, que estava no passageiro da frente. Mas o tempo parou quando Shirli (ey) bateu os olhos em Cátia. Que mulher era essa, pensou Shirli (ey).

               Cátia era de uma beleza exuberante, pele morena, cabelos vermelhos cacheados bem fartos como se fossem nuvens rúbeas, um vestido de crochê branco que contrastava com sua pele e dona de um olhar penetrante. Ficou nítido naquele momento que Shirli (ey) estava desnorteada e demorou um pouco para voltar pra terra, só depois de Alda ter chamado duas ou três vezes seu nome. Saindo de seu torpor, ela então entrou no carro e Clarice foi logo se apresentando, Shirli (ey) a cumprimentou, mas sem muita atenção, pois ela queria mesmo era saber a graça daquele broto.

               Clarice então fez as honras e apresentou Cátia que abriu um sorriso metálico para Shirli (ey) e deu um risinho envergonhado que poderia ter sido confundido com a fungada de um porquinho. Mas para Shili (ey) era o porquinho mais lindo do mundo.

               Seguiram viagem para a cachoeira, Clarice não parava de tagarelar com Alda, sobre como estava com saudades e que só conseguiu vir porque a amiga, Cátia, emprestara o carro para que elas fizessem a viagem, uma vez que ela não queria perder o cover do Simonal.

               Enquanto isso, no banco de trás, um silêncio pairava, sendo interrompido ocasionalmente por breves encontros de olhos e risinhos cheios de vergonha.

               Chegando na cachoeira, Clarice estacionou perto de uma árvore e seguiriam o resto do trajeto a pé. Como no carro, Clarice e Alda foram andando na frente enquanto Cátia e Shirli (ey) ficaram pra trás seguindo as amigas. O silêncio estava ficando constrangedor então Shirli (ey) resolveu tomar uma atitude e iniciar uma conversa:

               - Pô, quer dizer que cê curte o Simonal tanto assim? – Shirli (ey) perguntou qualquer pra iniciar uma conversa.

               Cátia novamente abriu o sorriso metálico e disse:

               - Xim, eu não perlco nada que tenha a ver com o Schimonal. – O aparelho dificultava um pouco a fala de Cátia, mas Shirli (ey) não ligava nem um pouco, não senhor.

               Chegaram na cachoeira e a patota estava toda reunida, inclusive alguns dos mais velhos que criticaram tamanha presepada, estavam lá. Caixotes de isopor podiam ser vistos por todos os lados, repletos de gelo e com muita cervejinha e cuba libre (estava na moda).

               Cidade pequena, coração grande. Ali tudo era de todos, cada um dividia o pouco que levara, todos se conheciam, então o importante era se divertirem. Um palco mal-ajambrado fora improvisado para o grande espetáculo e todos esperavam com grande ansiedade.

               Os ânimos estavam sendo cada vez mais elevados pela bebida e a inibição ia embora junto com as roupas sendo tiradas por aqueles que caiam pra dentro da cachoeira. Caixas de som postas ao lado do palco começaram a chiar, o que chamou a atenção de todos e enfim uma voz disse:

               - Senhoras e senhores, gatinhas e gatões! Quem está pronto pra mexer o esqueleto? – o locutor esperou o grito de sua audiência que respondeu com gritos e aplausos.

               - Eu não ouvi direito! Quem aqui está pronto pra mexer o esqueleto? – Repetiu o locutor. Dessa vez os gritos e aplausos foram mais altos.

               - Agora sim! Gostei de ver, então vocês estão prontos para o nosso Simonal de Pedra Bela, Fa-bi-nho-Si-mo-nal!

               A turma toda aplaudiu e as cortinas se abriram. Cátia dava pulinhos de animação, também já envolvida por algumas cubas libres.

               Fabinho Simonal surgiu no palco com um terno roxo aveludado, uma faixa laranja na cabeça e começou a cantar “Mamãe passou açúcar em mim”. E não é que cantava bem? O único problema é que o Simonal não era branco, mas Fabinho sim. Mas isso não pareceu afetar a qualidade do show.

               Todo mundo caiu na dança, na maior farra. Até Shirli (ey) não resistiu e mexeu um pouquinho seus pés, sem sair do lugar. Mas Alda, Clarice e Cátia dançavam a valer, inclusive Cátia sabia uns movimentos bem prafrentex. (“prafrentex” é tipo mordenoso)

               Lá pelas tantas Shirli (ey) decidiu que era hora de pegar mais uma bebida, o efeito do álcool já estava passando, mas o que não contava é que Cátia fora atrás dela. Sem dizer nada, Cátia pegou Shirli (ey) pela mão e a conduziu para um lugar um pouco mais afastado. Ao longe era possível ouvir Fabinho Simonal cantando “Mustang cor de sangue”. Foram se afastando mais e mais um pouco até que a cantoria ficasse bem distante, mas ainda audível. Shirli (ey) estava confusa, mas também extasiada com tudo aquilo. Quando repentinamente Cátia avançou e beijou Shirli (ey).

               Não sabia mais se a noite estava abafada ou se o calor que sentia vinha de dentro do próprio corpo. Ali ficaram um bom tempo trocando beijos e carícias. Mas ambas com medo de serem pegas acharam melhor não demorar muito e voltar pro meio da galera.

               Antes de irem, Cátia puxou Shirli (ey) pela mão, e disse:

               - Eu goxxtei muito de vosche, mash tem um problema. Ninguém podsch ficar schabendo que a gente deu unsh amassoxx. Ninguém schabe que eu fico com mulher, ok?

               Shirli (ey)  então acalmou a garota e prometeu que não contaria para ninguém, mas ela mal podia acreditar que quase deixou de ir no baile do Fabinho Simonal, não era dada à fé, mas deu graças à Deus que foi na festa. Aliás, todo aquele momento foi verdadeiramente divino para ela.

               No dia seguinte não se falava de outra coisa senão da festa na cachoeira. Shirli (ey) foi trabalhar no dia seguinte com um brilho no olhar que não passou despercebido por Alda que ficou provocando a amiga. O movimento da loja estava bem parado, então Alda resolveu ser curta e grossa:

               - E ai? Rolou?

               - Rolou o quê garota? – Rebateu Shirli (ey).

               - Ah, Shirli, não se faz de engraçadinha. Você sabe muito bem do que eu tô falando!

               Shirli (ey) então deu um risinho sem graça, mas que confirmava o que a amiga queria saber.

               - Mas vem cá, Alda. Eu e aquele brotinho estávamos no maior amasso, mas depois ela disse que não era pra eu contar pra ninguém. De onde você conhece essa garota?

               - Ué, ela é amiga da Clarice, parece que as duas estudam juntas, sei lá. Que diferença faz isso, Shirli?

               - É porque eu achei estranho. Por que ela não quer que eu fale pra ninguém? – Shirli (ey) indagou enquanto coçava a nuca.

               - E eu que sei Shirloca? Mas esquece isso. Foi bom? – Alda perguntou toda animada.

               Shirli (ey) demorou alguns instantes, pois ainda estava perdida em seus pensamentos, mas enfim disse:

               - Eu já sei porque ela não quer que eu fale que a gente ficou.

               - Fala logo, Shirli!

               - Olha só, essa menina vem lá da cidade, fica comigo e pede segredo assim?! Certeza que tá com alguma doença dessas que eles têm na cidade e essa menina passou pra mim.

               - Shirli! – Exclamou Alda. – Bate na madeira. Que horror, claro que não, isso é coisa da sua cabeça.

               - Não. Não é, não, Alda! Essa garota passou essa doença pra mim. E ela não quer que eu fale pra ninguém que gente ficou, porque ai todo mundo já sabe que ela é doente. E vão falar o que ela tem.

               - Shirli do céu, você tá batendo pinel! Que doença é essa?

               - Da menina, Alda! Ô, não tá prestando atenção? Essa menina tá bichada e agora eu tô bichada também.

               Que a noite da festa ficaria na memória de Shirli (ey) era de se esperar, mas acabou ficando pelos motivos errados. Semanas se passaram e aquele pensamento da garota doente da cidade não deixava Shirli (ey) em paz. Bastava ouvir o nome Cátia que era como se tivesse ouvido o nome do próprio capeta. Shirli (ey) mal dormia e passava noite e dia pensando nisso.

               Dado o sucesso da festa na cachoeira, não demorou muito para que o pessoal logo decidisse fazer uma outra festinha, fora as piadas do Simonal nitidamente pálido de Fabinho, ninguém podia dizer que noite não fora animada. E claro que novamente Fabinho iria comandar a noite, mas dessa vez fazendo um cover um pouco mais próximo da sua fisiologia, Cazuza.

               Mais uma vez não se falava em outra coisa na cidade que não fosse o cover de Cazuza de Fabinho. Dona Emengarda e sua padaria se beneficiaram grandemente, pois o movimento de moçoilas no recinto querendo comprar pão de Fabinho, mais que dobrou. E agora que ele ia dar uma de Cazuza, era a maior brasa! (“maior brasa” é tipo muito supimpa)

               Certamente passou pela cabeça de Shirli (ey) se as amigas de Alda voltariam à Pedra Bela para participarem dessa festa também. Fato que foi confirmado por Alda, pois as amigas tinham gostado tanto, que pediram para serem avisadas sempre que tivesse uma festinha assim.

               O dia da festa chegou e mais uma vez ia tomar lugar na cachoeira, o mesmo palco mal-ajambrado com caixas de som havia sido montado e o pessoal já estava se preparando com as bebidas. A festa foi tão bem comentada que até mais uma parcela do pessoal quadrado quis se juntar.

               Alda perguntou a Shirli (ey) se fariam como da outra vez, mas Shirli (ey) disse que iria encontrar com elas lá.

               Shirli (ey) estava completamente de espírito prevenido, pois Cátia estaria na festa. Como aquela garota tinha coragem de dar as caras por ali depois do que fez? Não tinha o mínimo de vergonha? Que absurdo. Além do mais ria feito uma porca (esse aspecto de Cátia, a essa altura do campeonato, não era mais nada fofo). Ela então decidiu que precisava esfriar a cabeça, ia andando até a cachoeira para espairecer.

               Chegando lá, o local estava abarrotado de gente, parecia que a cidade toda estava lá. Dona Emengarda montara uma barraquinha com fotos autografadas pelo filho e as vendia por alguns mil-réis.

               A animação era geral, pois esse pessoal de cidade pequena sabe festejar como ninguém. De novo a bebida rolava solta desinibindo os pudores. Shirli (ey) decidiu que precisava de algo forte e pediu uma cuba libre bem batizada.

               Lá pelas tantas, ao longe, Shirli (ey) avista Cátia, quase cuspiu sua bebida num rapaz que passou na sua frente, mas segurou a onda. Deu um tchauzinho de longe e viu a garota do sorriso metálico acenar e sorrir de volta. Ela então virou de costas e fez menção de dar um outro gole na bebida quando foi surpreendida por Alda.

               - Shirli, você tá aqui! Tava te procurando em tudo quando é lugar. Você tá bem?

               - Tô, tô... Eu tô bem. – Gaguejou uma Shirli (ey) que não estava nada bem.

               Alda passava seu olhar pela multidão e avistou também, ao longe, Cátia, deu um aceno, mas logo se virou para a amiga.

               - Ficou sabendo da Cátia?

               Nesse momento Shirli (ey) sentiu cada pedaço de seu corpo congelar como se tivesse ido de Pedra Bela ao Polo Norte em menos de um segundo.

               Sem muita coragem de falar e gaguejando mais ainda:

               - N...n...não. O que t-t-tem ela? – Era agora. Finalmente ela ia ficar sabendo o mistério da garota da cidade.

               - Tá com um Miura. – Disse Alda como se contasse um segredo.

               De repente, saindo do seu estado de estupor Shirli (ey) reage:

               - PORRA! SE ESSA MENINA TÁ COM MIURA EU TÔ COM MIURA TAMBÉM. – Shirli (ey) apontava para Cátia que, junto com as pessoas que estavam em volta, voltaram sua atenção para Shirli (ey). – TE FALEI, PORRA! A MENINA ME PASSOU COISA! OLHA ALI, AQUELA MENINA ALI TEM MIURA E EU TENHO MIURA TAMBÉM PORQUE A GENTE FICOU, TÁ ENTENDENDO?

               Alda chegou ao pé do ouvido de Shirli (ey) e disse entre dentes:

               - Tá maluca, Shirli? Miura é um carro!

miura
O famoso Miura, carro que ficou popular nos anos 70,

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