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Mostrando postagens de junho, 2016

Contos Infantis Modernos: Zinho, o zumbizinho

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Era uma vez num mundo pós-apocalíptico uma feliz comunidade de zumbis. Uma das muitas comunidades que se formaram após uma grande explosão atômica em várias regiões do país. Nessa comunidade em específico, viviam os Mortinho da Silva, infelizmente o papai Mortinho da Silva não voltara de uma das suas últimas expedições em busca de comida, deixando assim apenas o filho e a mamãe Mortinho da Silva. Todos os dias a mamãe Mortinho da Silva saia de casa para buscar comida para o seu filhinho. Dia após dia era sempre a mesma coisa: “Zinho, a mamãe está saindo para buscar comida. Se comporte, fique dentro de casa. Não converse com estranhos, a mamãe já volta.” Antes de sair a mamãe Mortinho da Silva sempre fazia algo que fazia com que Zinho morresse, não literalmente, de rir. Ao invés de se abaixar para dar um beijo na testa do filho, ela tirava sua cabeça e levava à testa do filho para que pudesse dar um beijinho de despedida. Mamãe então saiu e Zinho ficou em casa aguarda

Para sempre abelinha

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Outono brasileiro, a nossa história começa em Sampa (como acham que quem moram em Sampa chama São Paulo). A cidade fervia e não me refiro apenas ao fervo da agitação, mas fazia um calor ingrato. Nas ruas, o contraste de um povo de camisa florida e chinela de dedo e o povo de terno, gravata, sobretudo, cachecol, japona, toucas e luvas devido às condições sociais que nos submetemos de segunda a sexta, em sua maioria, das 9h às 18h. Nos ônibus da Capital senhoras e senhores se abanavam com as folhas de seus exames, chapas de pulmões, receitas médicas e mais qualquer sorte de papéis que por ventura levavam em seu poder. Nos faróis, os que funcionavam pelo menos, não era difícil encontrar algum comerciante vendendo água, refrigerante ou IceGurt. A semana apenas se iniciara, plena segunda-feira, uma tarde outonal, porém absurdamente quente e ensolarada. Pleno abril e um calor de rachar coco. Pelo amor de Deus, não sei como vocês gostam desse tempo. Uma gentarada suada, com

O Mendigo da Pracinha

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Estava andando na rua esses dias, sem ir para um lugar específico. Apenas andando, espairecendo a cabeça, nem tanto por vontade, mais porque a minha mãe disse que se eu não saísse de frente do computador ela ia jogar o pobrezinho pela janela. Após tamanha apelação decidi dar uma volta numa pracinha aqui perto de casa mesmo. A tal pracinha, antigamente conhecida como praça do buraco quente, hoje é muito diferente de seu estado inicial, onde era frequentada por mulheres da vida, se é que me entendem, e traficantes mascarados. Após uma grande revitalização a pracinha mudou os ares, com novos equipamentos, hoje atrai senhoures e senhouras a fim de se exercitarem e também umas crianças remelentas. Mas junto com essa galera, também percebi uma grande movimentação de mendigos. Um povo barbudo, absolutamente descabelado. Umas vestes de doer a vista, tinha até gente que aparecia de crocs por lá, coisa de pessoa que já desistiu da vida mesmo. Como diria um grande apresentador lour